Há muitas muitas centenas de anos as pessoas do povo de Cebola foram atingidas por graves doenças (A peste, a varíola?!...) O Povo aflito “Pegou-se” com o Mártir São Sebastião, pediu a ajuda ao Mártir.
As doenças acabaram e, durante anos, a perder de conto, o Povo realizava uma festa em honra do Santo.
Todos colaboravam. Eram nomeados mordomos todos os anos. Iniciava-se numa ponta do povo e ia até à outra. Quando acabava, voltava-se ao início.
A festa a S. Sebastião é constituída por duas partes. Uma religiosa e a outra laica. Depois de se rezar missa em honra do Santo, é distribuída pelas famílias medidas (uma por cada membro da família a viver debaixo do mesmo tecto) de castanhas assadas e um papo-seco benzido.
As castanhas do bodo eram compradas ou dadas pelo povo na altura delas (meses de Outubro/Novembro) e enterradas até Janeiro. Nos primórdios haviam 2 bodos (pão) um a distribuir pelos mordomos e outro pelos restantes habitantes de Cebola.
O pão benzido na Festa de São Sebastião não apanha bolor, embora duro conserva-se até ao ano seguinte.
O Povo gozando de boa saúde e esquecido de males passados deixou de realizar a festa. No ano do esquecimento as doenças voltaram a atacar as pessoas de Cebola. Reza a história que chegaram a morrer 6 pessoa por dia. Para não preocupar quem doente estava deixou-se de tocar o sino a finados. O Povo arrependeu-se. Prometeu nunca mais quebrar a promessa e é assim que ainda hoje, todos os anos no dia 20 do mês de Janeiro, é realizada a festa em honra do mártir S. Sebastião e se cumpre a tradição.