As janeiras de antigamente
Contadas pelo Jorge Parente
Na altura que se criava..
A mais de quarenta anos
Que sem erros nem enganos
Era assim que se cantava


CORO
Já la vêm a meia noite
Já la vem o claro dia
Já nasceu o Deus menino
Filho da virgem Maria.

1
Levante-se senhor(a)
Desse banco de cortiça
Venha nos dar as janeiras
Ou morcela ou chouriça .....(coro)

2
Levante-se senhor(a)
Desse banquinho de prata
Venha-nos dar as janeiras
Que está um frio que mata.....(coro)etc..etc..

3
E quando alguém nada dava
Logo a gente lhe cantava
Uma maneira de os punir
(O trinca martelos e torna a trincar
O barbas de chibo não tem nada que nos dar)
E toca de fugir

4
Com gargantas afinadas
Algumas esganiçadas
Mas era tudo porreiro
Era rir até fartar
Quando alguém nos vinha dar
Uma chouriça.,ou dinheiro

5
Ó gente do pombal
Por favor não levem a mal
Mas é o que a gente gosta
Onde eu cantava mais
Não era a ponte nem aos torgais
Mas sim para os lados da costa

6
Há grande Chico Moleiro.
Posso dizer que foste o primeiro
Onde provei a jeropiga
Mas....fazias.nos cantar
Pra as gargantas afinar
Quem se lembra que o diga

7
Ó.! Mas havia quem não queria
E atirava com água fria
Para ver quem mais dava aos chinelos
Ai!.Mas isso não se faz
E voltávamos para trás
A cantar o trinca martelos

8
Com o saco a tilintar
A nossa maneira íamos contar
Sem invejas nem preguiças
Contava o mundo inteiro
Ó .! Ainda deu muito dinheiro
E quantas são as chouriças.?

9
Não queria acabar
Sem esta boa contar
Vou lembrar a vida inteira
Como a noite estava escura
O esperto apalpou a chouriça dura
E comeu a farinheira ......

10
Era lindo o nosso cantar
Ai,,,Como gosto de recordar
E tenho muitas saudades
Estou chegando ao fim
Acreditem falo por mim
Para todos mil felicidades.

11
Havia muito para contar
E fico triste por acabar
Lembranças que sabem a pouco
Para S.Jorge e todo mundo
Um abração muito...muito profundo
Do Jorge do Ribeiro Souto