Amados
do reino,
chegaram
demónios
em ventos
de fogo,
de tomenta.
Um punhal de raiva
esventra
o centro do peito
de Inês,
rasgando
o leito de sonho
de dois amantes
que alberga
em seus corações:
a leveza da alma,
o brilho das estrelas,
o reluzir dos oceanos,
o suspiro do universo,
a calma das águas,
a suavidade dos ventos,
o sorriso das manhãs,
o sol dos anjos,
e o canto dos amantes.
Apagaram o último suspiro de Inês,
provocando a agonia,
a dor, a desgraça...
Pedro. Inês.
AMADOS.
Devoraram a última ânsia
de viver de um amor nunca visto.
Calou-se a voz...
As lágrimas
Transfiguram a letra
que murmura a palavra:
- AMOR!
