A "nossa" poetiza que dá pelo nome de Adelaide Ramos Vilela e  a viver há muitos anos no Canadá vai dar à estampa mais um livro cujo título é "HORIZONTES DA SAUDADE"

Vai apresentá-lo suponho que em Abril de 2011 em Viana do Castelo.

Mas ao que julgo saber a Câmara Municiapal da Covilhã, também não ficará alheia ao assunto.

  Espero nessa altura conhecer pessoalmente, possívelmente o filho mais ilustre vivo de S. Jorge da Beira.

A nossa terra e Portugal muito lhe devem.

Em  Montreal e na América Latina   a sua valia no campo da cultura  é inegavelmente reconhecida !

Permito-me hoje publicar uma poesia que fará parte do seu livro "Horizontes da Saudade", que dedicou à Covilhã, onde viveu dois ou três anos e como prova de agradecimento à Câmara M. da Covilhã, pelo apoio

que deu  à sua exposição e que constituíu um êxito inesperado, de tal forma que  a mesma era para durar  duas semanas e se prolongou por mais de um mês !

PONTA DO CÉU ( Em primeira mão)

A minha serra linda

é aquela que viu em mim

a lágrima recém-nascida,

a primeira a ser acariciada

pela mãe que me ensinou

o gosto da vida, o pisar

do chão da existência,

o sentir do a gota do orvalho;

a água purificada que bebi

das entranhas da terra,

pronta  a jorrar

nas minhas  mãos

lavadas com ternura:

-água cristalina da Serra

que limpa as feridas

de quem passa olvidado,

 

distraído, nesta ponta do céu !

 

No meu olhar de menina

vejo ainda, na minha Serra,

uma princesa estendida

que admiro, do baloiço

plantado no olival, do quintal

da casa da minha mãe.

Deus...são horizontes distantes

que me fazem saudade

Ali aprendi  a tremer

O Pai do Universo

patrono da Serra da Estrela

que me viu crescer, alto,

    na ponta do céu !

 

Quero voltar  a  vê-la, depois

guardar para sempre

estes horizontes da saudade

Adelaide Ramos Vilela

Nota final e da minha autoria ; Não reconhecer o mérito da Adelaide, no campo da cultura é como que um cego que vê e não quer ver ver.

Pela minha parte, sòmente MUITOS PARABÉNS, portuguesa e cebolense/ sanjorgense Adelaide Ramos Vilela

Um abraço

Tó Almeida