Pela mão da Delfina e pela lente do "Nosso Retratista" (Francisco José Dias Pereira), chegam-nos, todos os dias, relíquias da nossa terra. Desta vez a "lente" do Francisco entrou dentro de alguns moinhos e pode apresentar-nos o seu estado de conservação. De outros, o seu estado de degradação!

No seu conjunto, apresentou-nos património, memória cultural, social e económica da nossa região. Algum tempo atrás, alguém, desafiou este grupo a escrever sobre os "fornos colectivos" de Cebola/S. Jorge. Ora, os fornos colectivos e os moinhos estão, inevitavelmente ligados e fazem, conjuntamente, parte de uma só memória.

Cada um de nós saberá um pouco da história/memória de cada um destes moinhos. Partilhar essa memória vai atribuir-lhes um novo "valor", vai avivar-nos a memória. Recordar o passado que lhes deu origem.

Se não conseguirmos atribuir "valor" a estes documentos vivos nunca os quereremos reabilitar.

Reabilitar como e para quê?

Um dos maiores prazeres que tenho quando visito S. Jorge é passear pelo povo. Apresentar cada recanto, onde me revejo, aos meus filhos! Contando-lhes as minhas memórias. E, eles interessam-se, fazem-me perguntas!... que me reavivam outras memórias.

Ora, se os moinhos fizessem parte de uma "rota dos moinhos", que possibilitasse um passeio cultural, social e económico que conta a história da nossa terra através destes documentos vivos, seria muito interessante. Imaginem este passeio, no cair das tardes quentes de Julho, quando, muitos de nós, passam uns dias por lá!

Que bom que seria!

Que tal uma liga dos amigos dos Moinhos de Cebola/S. Jorge?... cada um com uma cota anual para aplicar na recuperação desses moinhos e dos caminhos que farão parte dessa "Rota dos Moinhos".
A Junta não pode fazer tudo!... nós também somos responsáveis. O Papel da Junta será apoiar e incentivar.

O que pensam da ideia?

Vítor

Link de um moinho das Meãs