Um post datado de 23 de Julho de 2010 da nossa melhor POETIZA da actualidade e talvez de sempre, faz com que eu volte à baila àcerca da sua pessoa, humilde, solidária e que tem dado a  conhecer  a uma parte do Mundo  através da cultura,  São Jorge da Beira e Portugal.
O acaso proporcionou-me conhecer esta tão ilustre personalidade no mundo da cultura e não só.
Socorri-me da sua página que tem neste nosso site, mas que admito passe despercebido  a uma grande maioria dos utilizadores.
Fiquei estupefacto  com o seu currículum e com as opiniões  de alguns conceituados poetas.
Por isso estranho que ainda haja na nossa terra quem não lhe reconheça o valor que na realidade tem !
Será por ignorância, ou roídos pela maldita INVEJA  ?
Ou porque não se identificam com o mundo da cultura ?
Desculpem o desabafo, mas a Adelaide MERECIA MUITO MAIS !
Insisto no alvitre, até porque é merecido ! Porque não atribuir o seu nome ao MUSEU ?
Mas voltemos ao post com que abri este texto.
Diz ter estado internada durante quatro meses num hospital de Montreal e dá-nos conta do sofrimento porque passou e como lutou contra a morte e o receio de nos deixar, sobretudo a sua família
Isso pode constatar-se, lendo com algum cuidado  a poesia que escreveu, mesmo bastante doente.
Essa poesia chegou-me às mãos através de uma pessoa amiga e vai constar do seu novo livro;
HORIZONTES DA SAUDADE, que desde já prevejo ser um autêntico sucesso                                  Tem por título, VOZ CALADA, e com desculpas à Adelaide, vou transcrevê-la :

Não venhas ainda
ó morte.
Quando me chamarás ?
Apanhas-me calada,
mais cansada desta vida,
com medo de ti
e da terra fria.
Qualquer dia
sou apenas pó.
Voz que dá e voz que tira.
Voz de Deus, o mistério
vem de mansinho,
às vezes, repentino
matar esta imensa dor.
Acaba-se a saudade,
cala-se  a voz do tempo,
a voz de quem se apaga:
a voz calada...

Adelaide Vilela

PARABÉNS
Um abraço
Tó Almeida